São várias as definições para a palavra confraria, mas, no fim, o sentido principal é o mesmo para todas elas. Confraria pode ser uma “associação de princípios religiosos formada por pessoas piedosas dispostas a realizar ações de vários tipos, principalmente assistenciais”. Ou, uma “associação ou união de pessoas do mesmo ofício, da mesma categoria ou que têm um mesmo modo de vida”. Mais uma: “irmandade ou fraternidade de pessoas que se associam em torno de interesses ou objetivos comuns, como profissão ou religião, por exemplo”.
No passado uma confraria significava quase que exclusivamente um grupo reunido com fins religiosos. O tempo passou e, como acontece com muitas práticas históricas, a esse tipo de reunião foram atribuídas, também, outras finalidades. Uma delas, muito comum nos dias de hoje, é a confraria formada por pessoas apreciadoras de um determinado tipo de bebida. Logicamente que falaremos, neste post, das confrarias de cervejeiros, sejam eles produtores ou apenas apreciadores. Porém, também existem outras confrarias de apreciadores: vinhos, uísques, licores, cachaças... A nomenclatura se tornou tão popular no meio “etílico” que é muito comum, por exemplo, existirem bares, empórios e restaurantes que levam a palavra confraria nos nomes.
E como funciona uma confraria? Talvez você esteja fazendo essa pergunta agora. O principal é que não existe uma regra. As reuniões acontecem de acordo com aquilo que é decidido pelos integrantes. Há grupos de cervejeiros que se baseiam numa única diretriz: apreciar rótulos diferentes, raros, especiais. Então, em todo encontro cada membro leva para a degustação uma cerveja daquelas que merecem os melhores lugares na adega. No final, todos degustam verdadeiras raridades. Esse é um formato muito comum de uma confraria cervejeira. Talvez o mais comum.
Outra possibilidade é definir um valor de contribuição para cada participante e com o dinheiro arrecadado comprar as cervejas para o encontro, sejam elas consideradas raras ou não. Não há necessidade de degustar sempre rótulos daqueles que se encaixam na categoria da raridades, porém, é importante que as brejas escolhidas tenham alguma característica que as diferencie das que são consumidas seguidamente. Talvez esse seja o aspecto mais importante da existência de uma confraria formada por amigos que têm em comum o fato de serem apreciadores de cervejas artesanais: tentar degustar o que há de melhor naquele instante.
Outra coisa bacana da confraria é que, geralmente, para cada cerveja escolhida há apenas uma ou duas garrafas. Existem algumas razões para isso. Uma delas é porque dessa forma é possível garantir uma variedade maior de rótulos para o encontro. Sem dúvida, é melhor beber menos de uma cerveja para poder apreciar mais variedades do que ter uma quantidade dispinível menor para garantir um volume mais elevado a ser consumido por cada pessoa. Outra razão que pode ser mencionada é que, com uma quantidade menor, a tendência é que o consumo daquele volume pequeno seja mais lento, o que faz com que a avaliação das características da cerveja se torne mais cuidadosa do que seria se houvesse mais uma ou duas taças. Com isso tudo, beber as cervejas escolhidas é ainda mais prazeroso.
Essa é a nossa pequena síntese sobre o tema confraria. Por trás da ideia de falar dele aqui no blog está o nosso desejo de estimular o apreciador a juntar a turma e formar um grupo que passe a se reunir com alguma frequência para tomar cervejas de boa qualidade, compartilhar conhecimentos e passar instantes especiais em boa companhia. Que tal? Temos certeza que você pode ter gostado da nossa proposta. E se gostou, não tem erro. É só agir.
As fotos desta postagem são de autoria da Bavihaus. Elas mostram cervejas que talvez não possam ser classificadas como raridades, mas que, sem dúvida alguma, podem compor, e muito bem, a lista de rótulos para uma confraria. Fica a dica.
#Bavihaus, a casa da cerveja em #SMOeste, #Itapiranga e #Blumenau!
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