Se você costuma ler os rótulos das cervejas que consome, certamente já percebeu que, entre uma marca e outra ou entre um estilo e outro, existem diferenças nos ingredientes. Por ora, vamos falar apenas de duas categorias. Uma delas você já conhece. É a "mainstream", que engloba os produtos mais consumidos, definindo, assim, o perfil dominante dos compradores.
O outro grupo a que nos referimos é o das premium, que representa cervejas de uma qualidade superior à das "mainstream". Consequentemente, elas têm um custo de produção mais elevado, menor giro e maiores margens de lucratividade. Isso tudo resulta em cervejas de preço mais elevado para o consumidor. Nesse segmento encontramos algumas cervejas puro malte, característica que vem sendo observada cada vez mais pelos amantes da cerveja e tema do nosso texto de hoje.
No rótulo de uma puro malte constam, como ingredientes, água, malte (ou malte de cevada) e lúpulo, enquanto que na composição das demais (com exceção das consideradas super premium) há uma diferença, que é o acréscimo de cereais não maltados. Vamos entender melhor.
De acordo com a legislação brasileira, pelo menos 55% das fontes de açúcares fermentáveis para o processo de produção da cerveja devem ser provenientes especificamente do malte de cevada. O restante pode ser obtido por meio de outros cereais, sejam eles maltados ou não. A malteação é um processo controlado para estimular a germinação da cevada, que ao atingir o ponto considerado ideal é interrompido para que o grão seja levado à etapa seguinte, que é a secagem e a torrefação, quando necessária. É possível maltear outros cereais, mas o processo é mais caro e muitas vezes desnecessário. Há grãos que possuem, de forma natural, grande concentração de amido, não sendo necessária a exposição à malteação. Assim, uma cerveja puro malte pode ter, na composição, mais cereais maltados além da cevada, apesar disso não ser comum.
Você deve estar se perguntando, agora, sobre os tais cereais não maltados. Certo? Eles são diversos, principalmente milho, arroz, aveia, centeio, sorgo e trigo (esse bastante presente em alguns estilos artesanais). Eles são usados como fontes extras de carboidratos para geração de açúcar, que com a ação da levedura, durante a fermentação, é transformado em álcool e gás carbônico, exatamente como ocorre com o malte.
Mas não pense que o uso de cereais não maltados é coisa apenas das "mainstream". Isso acontece também com uma parte significativa das cervejas premium e até com algumas super premium. Na categoria premium são poucas as puro malte produzidas no Brasil. As mais conhecidas são a Heineken, a Eisenbahn e a Bavaria Premium.
Independentemente da categoria em que estiver incluída, uma cerveja sempre vai oferecer características sensoriais. Para cada um de nós cabe a tarefa de escolher as que melhor agradam ao nosso paladar, sendo ou não 100% malte. As circunstâncias da compra, como preço, disponibilidade e necessidade, também são importantes.
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